domingo, 7 de junho de 2009

A sereia solitária


Sob o crepúsculo lunar,

De uma qualquer lua do Universo,

Acossado por cânticos loucos

De invocações ancestrais dá-se

A génese do ser aquático,

Carpido de promessas de ventura.

Formosa, esguia figura que enlaça mortalmente

Os néscios que se deixam cativar,

Nas ondas do seu caudal!

E entoando as profecias da sua concepção

Finca as garras no sopro da vida alheia,

O néctar da sua sobrevivência!

Noiva estelar emergindo de águas

Pulsantes de obscuras formas de vida!

Irmã abençoada no altar do plenilúnio

Encoberta de véus flutuantes,

Ventos visíveis, magenta!

Na alquimia perfeita de sombra e pálida luz,

O clamor do nascimento, o abrir de olhos,

O expulsar da dormência!

Recoberta da vida marítima,

Em torno dos seus fiapos de cabelo, flutuando

Se dá o início, o primeiro passo...o caminho...o horizonte!


(um dos poemas enviado para o concurso de novos talentos 'Ministério da Poesia 2009')

2 comentários:

DarkViolet disse...

Dormir no silencioso trilho chamando os sabores com a ondulação das notas, encontram-se espalhadas, vestidas de mil cores, de mil e umas tentações

Unknown disse...

"Sonho carmesim
Envolvido por passos gastos,
Arquejar sucinto do corpo,
Mágoas carregadas pela omissão de uma força maior.
Membros fraquejam em harmonia,
O esquecimento parece não esquecer,
A vontade agir perece
E todas as fugas parecem vis.
Ah! Que anseios fustigam a capacidade,
Que herméticos cansaços abraçam a soledade!" - For you my sweetheart ^^

Muito Obrigada pela dica no trabalho. Já tinhamos lido tantas vezes aquilo, que cada palavra parecia um dado mais do que adquirido e distintamente lógico. =)
Pelo menos "gargalhaste" à nossa custa...esse deve ser o espírito perante o fastio que transcende a cada página.

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