quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Presságio aguardado

Parisienne Moonlight - Anathema

Mente que prescruta, alma que cala...
Visão dormente (?) ou demasiado desperta (?)
Em que universo devo questionar?
Matemático, Filosófico, Humano, Mecanográfico,
Literário, Fantástico, Geológico, Biológico,
Social, Cultural, Espititual...................

Revivo, abespinho os nervos, movo-me freneticamente
no espaço que me confinaram, que me enclausura,
atormento as cálidas paredes que apenas me confinam
a sua tumular indiferença.

Um pressentimento de fim! Para quando?
Onde está a solicitude do meu pressagiado
olhar arrebatador?


Não!!!! Cala-te! Ouve! Sente! Olha! Aceita!
Vive o que existe e esquece o que
Estupidamente criaste
Na manta bordada de negra e vil dor com que cobriste a cabeça...

4 comentários:

Anónimo disse...

Considero não existir assaz punhado de vezes, em que eu mesma recapitulei os preâmbulos da questão: "Em que universo devo questionar?"; neste momento concentro-me apenas em excogitar as preliminares, para os passos seguintes acabo por sucumbir no fatal erro do subterfúgio, não chego a tocar no mais fino sedimento de profundidade; igualmente já me surgiram variadas nomenclaturas para toldar levemente a retórica da questão, assim temos o rebuço labiríntico. Todas as questões que tendem a lograr com o nosso desejo de ir mais além, podem perfeitamente serem acompanhadas por R.L (rebuço labiríntico): tens sempre forma de sair do labirinto, mas nunca esvaído de novas questões a trespassarem a esfera das problemáticas. Desta intrépida forma, o espelho filosófico, em águas diáfanas, aprisiona a nossa face turva na indagação pela profundidade, quer das águas, quer do reflexo imperativo do firmamento. Nasceu a Filosofia, Ciência e outras formas de clausura, tanto que a questão não passa por delimitar o universo, mas sim por ter a sagacidade de livremente questionar para além do universo, tendo por limite o Universo (que tanto quanto sabemos, pode ser infindável; Ah! Viva, às redundâncias do universo).
Pensas, querida Joana, (mesmo não fruindo de telepatia), que este devaneio tem mais de bruma ignota, do que cumplicidade com a mirífica quietude das tuas palavras. Quando escreves, musa, tudo é intempérie de renovadas deliberações, por isso peço desculpa. Peço, por não saber qual a minha genuína posição face à tua magistralidade. Quero encontrar-te, ainda não consigo, o que me conforta: ainda não te posso perder.


With all my love,
Diana


P.S - Porque será que na passagem: "Na manta bordada de negra e vil dor com que cobriste a cabeça..." relembro-me do capuchinho do negrume?

Lady Candlelight disse...

Querida Diana,eu sempre serei o teu capuchinho do negrume,mas não me ponhas nesse altar de virtude, nem me apelides de musa...por vezes este pequeno eco que lanço para o espaço já é suficiente para acalmar esta febre que me consome quando acordo de manha e ainda me parece noite...!

com todo o amor de alguém que quer caminhar ao teu lado e não à frente...

Mil abraços
E mil beijos

DarkViolet disse...

O labirinto externo à Alma floresce em contornos obscuros... Aí não se consegue albergar o infinito das sensações, sendo o manto o alento dos mortais...
Veludo da Alma no caixão um caminho, enlouquecer...

C. J. disse...

Que lindissima musica para ilustrara os teus pensamentos. Subscrevo o bom gosto. abraço