terça-feira, 7 de outubro de 2008

Caverna Obscura


Recordar os dias em que todo o cansaço sucumbe perante a distância....

Esquecimento (!), esquecer-me de todos, esquecer até de mim e
Caminhar...

Pontuação peremptória de vírgulas nos afazeres quotidianos
Pontos finais na urbanidade (fica para trás finalmente!)

Respirar, realmente inspirar e expirar
Catalizador do sentir!

Recordar o sorriso,
Só meu,
Neste recôndito altar da Natureza!
Recordar o abraço das águas
E toda a vitalidade pulsante
Das suas marés...

Recordar a união
De uma lágrima (singela) com o vasto e profundo Oceano...

2 comentários:

Pedro de Sousa disse...

Beautiful ... like you =)

Anónimo disse...

Nos meandros do mundo, as tuas palavras assomaram uma espécie de Alberto Caeiro:

" XLIX

Meto-me para dentro, e fecho a janela.
Trazem o candeeiro e dão as boas-noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como acabasse o Mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, sem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida a correr por mim como um rio por seu leito,
E lá fora um grande silêncio como um deus que dorme." - Alberto Caeiro

With all my love,
Diana