segunda-feira, 28 de julho de 2008

Night Queen


Once again the feeling came finding me dwelling in agony! My crown is useful, my wand is broken, my voice is fading and my heart is…corrupted!
Light up the torches, enlighten my path, for I shall return to the dungeons of fire.
And the elements that have created this queen, will melt this doomed fate! End this war!
No more spells for happiness, no more scrolls for eternity!
I have incited my fall in the first second that I allowed this feeling… conquering my blood, my tears and my submission!
Farewell daylight misery, I need to shut my eyes, return to my shell and stand for what I yearn – absolute vacuum- nothing!

Artemis in the twilight


“Querida Artemis, escrevo-te numa envolvência atmosférica prolifica em pensamentos obscuros...ao som de ‘The Dreadful Hours’ (My Dying Bride)...e penso em ti! É já impossível separar o que sinto por entre este som e o crepúsculo que vou admirando pela janela da minha clausura. Recordo com eterno deguste a primeira vez que falamos (ou trocámos apenas palavras escritas), a primeira vez que senti alguém estranhamente perto...
E não me arrependo da proveniência dessa introdução, pois se calhar a sua existência na minha vida apenas tenha sido a de proporcionar o meu encontro com um ser belo e sapiente. TU!!!!!
Apenas tenho a agradecer por seres parte do meu “mundinho”, por estares sempre presente, por partilhares as idas em busca de novos sons, novos lugares, novas pessoas e experiências. Vergonhas iniciais à parte, juntos destilamos um reportório ecléctico de assuntos, gostos, pensamentos, aprendizagens...vivências...sonhos (alguns) e pesadelos (imensos).
Tenho grande admiração pela mente aberta, sincera e honesta que tens, bem como tudo o que caracteriza a tua personalidade única.
Preciso da tua presença sempre que te seja possível pois tu compreendes o que sinto e até acredito, que às vezes, predizes o que penso...como se perscrutasses a minha alma levianamente.
Condeno situações efémeras e acredito que “nós” temos a força para perdurar no tempo...moverei gentilmente a alavanca do realejo para que o som embale suavemente os teus sentidos!
A quem mais agradecer a compreensão da minha esfera?do meu labirínto?da minha ignorância?da minha ânsia?das minhas dúvidas acizentadas?
Que a noite seja eterna, que o véu sobre nós reflicta os nossos pecados e nos redima em plena compaixão daquilo que somos...e dancemos no crepúsculo!”

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Reckless, Humanart, MOOSPELL 24 de Julho 2008 Maiact

Sob o olhar divinal e majestoso da Bride Eternal (e do ambiente trevoso de Memorial no fundo), as hostes reuniram-se para receber da banda principal a sua entrega e qualidade habituais.

Ao primeiro arranque da bombástica 'At tragic heights', e em tom profético, a voz do líder entoa como um troar do fundo da terra : "It is done"....

Foi com alegria partilhada (palavras e som) que apreciei a passagem pelos álbuns Wolfheart, Irreligious, Darkness and Hope, The Antidote, Memorial e claro Night Eternal.

Com frenético entusiasmo e afectação cervical (hahaha!!), deleitei-me ao som de : At Tragic Heights, Night Eternal, Scorpion Flower, First Light, Wolfheart, Love Crimes, Vampiria, Opium, Alma Mater, In Memoriam, Finisterra, Blood Tells, Nocturna, Full Moon Madness, Everything Invaded...

De salientar o acréscimo vocal da poderosa Carmen Simões (Ava Inferi) que em muito abrilhantou a noite e me fez encher de orgulho.

Noite repleta de boas sensações e de boas pessoas, sem as quais a noite não teria sido tão rica.

E ainda me ecoa na alma ..."noite eterna, primeira vida ainda por revelar. Noite eterna primeira sombra ainda por revelar"...


sábado, 12 de julho de 2008

Catatónico, Comatoso, Catártico


Míriade de verdades recalcadas entre soluços de lucidez, abandonam-me com o regaço esbatido num branco cadavérico. Ilusões precipitam-se na minha esfera, as gotículas que se evaporam no sentido anti-gravitacional...sem nunca tocarem a terra...

O meu pulso abranda o seu fluxo...desnudado, meu ser corpóreo contorce-se num espasmo involuntário e louco sentindo todo o luto em si. Sovado em todo o seu resquício de existência, em toda a plenitude da sua consciência, paralizado numa qualquer pedra de jazigo olhando o horizonte incapaz de se mover...observa compulsivamente os raios solares indiferentes ao mundo.

Raciocinar torna-se o movimento abstracto de num ano-luz articular imagens homólogas num nevoeiro denso de mentiras!

Em sublime anestesia do sentir, obnubilada, desfoco na minha visão o NADA que outrora fora o TUDO e permaneço em estadio embrionário e fetal com a companhia do NINGUÈM...soltando mais uma lânguida nota musical...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Quando te peço calada

Ficamos horas,
Abraçados no nada...

Suspensa no teu olhar
Abafo o desejo violento de fugir...
De me desenlaçar do teu mistério!
De te querer esquecer...!

Horas intermináveis de indecisão
Na luz furtiva de um olhar,
Na voz perene de uma promessa,
Na crueza do nosso diálogo.
Espreito a solidão que nos devora...
Numa supuração calamitosa
Embargo os ais do meu descontentamento!

E os candelabros...sinistros galhos de onde pende a lua
Iluminam um sorrir que se esconde.

Do alto da tua mirada
Acercas-me...e num rouco clamar
Sinto-te !sublimado! nesse teu manto velado
De angústias e abandono.

Envolve-nos aos dois...
...no teu vermelho...no teu azul...no teu negro...
Corpo recôndito e labiríntico
que se transforma quando te peço calada!

Aceita-me...

...no meu encanto...
...na minha humanidade...
...no cataclismo da nossa violência...

Comunicação não comunicada
De versos baratos e vãos,
De silêncios enquadrados.

Enseadas de desgosto
São a distância do sentir.

E o sentir (?)...o sentir os traços do teu rosto
São as memórias que alimentam
Os compassos da minha espera...